Mostrar mensagens com a etiqueta Actividade_2. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Actividade_2. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010


Adolescentes: serão os "pares" determinantes nos seus comportamentos?




A actividade_2, Identidade Social na Adolescência trouxe um importante contributo para todos os que lidam com adolescentes, em casa ou na escola, e sentem que se trata de um tema que lhes escapa dos dedos, tal como nos acontece com qualquer adolescente que se preze.  Já todos sabíamos,  mas nunca é de mais lermos sobre esta realidade, que todo o ser humano passa pela fase da rebeldia, da contestação e da irreverência, em relação a um poder instituído, mesmo que com graus diferentes de intensidade!
Para esta actividade tivemos de ler alguns textos para nos documentarmos.  O texto de leitura complementar: "A construção da identidade em adolescentes: um estudo exploratório" in Estudos de Psicologia,  de Schoen-Ferreira, Aznar-Faria e Silvares (2003), faz reflexão sobre algumas conclusões a que chegaram outros investigadores sobre este tema, visto sob diferentes perspectivas, mas sempre numa visão de que a adolescência é, para os ocidentais, um processo de construção da sua personalidade e da sua afirmação.
Segundo Zacarés (1997), no texto citado, "a  identidade desenvolve-se durante todo o ciclo vital, mas é no período da adolescência que ocorrem as transformações mais significantes".  Segundo o autor "é a primeira etapa da vida em que estão reunidos todos os ingredientes para a construção de uma identidade pessoal"(Schoen-Ferreira, Farias e Silvares, 2003). Mas a construção de uma identidade não é tarefa fácil para o adolescente. E, por essa razão,  os adultos com quem ele priva, em casa, ou na escola, precisam de entender estes processos de crescimento. 
Faz sentido, sobretudo na nossa sociedade, falar em processos de crescimento e em construção de uma identidade.  Ao contrário de sociedades mais ritualizadas na passagem da adolescência ao estado adulto, a nossa sociedade parece que "retarda" a entrada na vida adulta.  Tanto assim, que , para nós, mesmo com 19, 20 ou 21 anos, os jovens continuam a vivenciar processos de construção e de afirmação das suas identidades.
O texto fala-nos da influência dos "pares".  Para os pais, principalmente, os pares dos filhos parece estar na origem dos seus problemas.  Na verdade, o adolescente tende a tornar-se ou a ser o que os seus pares fazem ou são.  Mas, nada mais errado pensar que "os pares" são determinantes no comportamamernto dos filhos.
Molpeceres e Zacarés (1999) consideram o grupo de pares constituído na adolescência como "um laboratório social". As relações igualitárias e recíprocas permitem a exploração de diversos tipos de comportamento, favorecendo o desenvolvimento do adolescente.
Contudo, a família tem um grande medo de que os amigos "levem o adolescente para o mau caminho" . Mas o texto em apreço explica: " Segundo Papalia e Olds (2000), os pares realmente exercem forte influência, mas em geral os adolescentes não "caem" num grupo de amigos,   tendem, sim,  a escolher as amizades que sejam como eles próprios, influenciando-se mutuamente, tornando-se mais parecidos. 
Os adolescentes associam-se a grupos que compartilham os seus valores, atitudes e comportamentos.

Schoen-Ferreira, T.; Aznar-Faria, M.; Silvares, M. (2003) A construção da identidade em adolescentes: um estudo exploratório in Estudos de Psicologia, 8(1), pp. 107-115, acedido a 02-02-2010, em  http://www.moodle.univ-ab.pt/moodle/file.php/3829/Schoen-Ferreira_et_al_2003_.pdf

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009


Identidade Social na Adolescência. Diferenças de género?



O estudo de Schmitt, Dayanim e Mathias (2008) aponta também outras vantagens no uso da Internet e na construção de páginas: a sua utilização como diário auto-biográfico e o apoio nos trabalhos da escola.


O uso de blogues tem aumentado de uma forma expressiva tanto no apoio a actividades curriculares como não curriculares.

Há um número significativo de professores que já começam a usar blogues para divulgação de conteúdos, planificação de aulas e divulgação de trabalhos. No caso da disciplina de Português, alguns professores utilizam os seus próprios blogues como meio de divulgação da matéria e de trabalhos dos alunos. Com duas professoras, os alunos são levados a construir os seus próprios blogues, integrando o blogue/turma.

A prática está cada vez mais vulgarizada e as vantagens são muitas. Um dado curioso: o sucesso no uso da página ou do blogue revela algumas fraquezas na utilização da plataforma Moodle da escola. O que tem a ver, pensamos, com o anonimato. No Moodle, a interacção deixa sempre traços. E isto é tão verdade para os alunos como para os professores. Forma mais segura, sem dúvida, mas as razões da não preferência deixa algumas questões no ar, por responder.

A Segurança

Uma questão fundamental, aflorada por um dos estudos, é a segurança dos dados que põem em causa a segurança dos próprios jovens. O estudo de Huffaker & Calvert conclui que 70% dos adolescentes da amostra revelaram o seu primeiro nome, 59% deram a sua localização, 61% a informação do contacto e 44% o e-mail. Os autores, citam a este propósito Thornburgh & Lin (2002): sexual predators can pose a serious threat to minors who are online. Infelizmente, a Internet dá-lhes uma sensação de distanciamento e de falsa sensação de segurança que os leva a quebrar o anonimato e os pode levar a entrar em contacto com pedófilos e predadores sexuais fazendo-se passar por jovens adolescentes.

Há um trabalho de sensibilização a fazer nesse sentido, por parte das famílias, dos professores, mas igualmente do professor bibliotecário. O professor bibliotecário, na sua prática diária, deve alertar os alunos para estes perigos, deve colaborar de modo contínuo com alunos e professores.

Os estudos destes autores são importantes e podem indicar-nos o caminho: conhecer para prevenir!