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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010


ACt_3: Os adolescentes e a construção da identidade

Um texto que gostaria também de ter trabalhado foi o de Susan Stern, (apresentado pela colegas, Raquel, Brígida e Conceição) que nos relata um estudo realizado pela Pew Internet & American Life Project,sobre construção de páginas, sites e conteúdos, in Producing sites, exploring identities. Youth authorship. Segundo a autora, a identidade e a adolescência são dois conceitos nebulosos. Além de que é a sociedade que os configura: "Through this lens, adolescence itself is viewed as a ‘by product of social condition and historical circumstance’, as well as of legal systems, educational institutions, economic structures, and the mass media."
Outro aspecto com muita pertinência é a questão da autoria. Os jovens sentem-se atraídos pela possibilidade de poderem publicar algo. (Convenhamos que todos somos assim!). Segundo o texto, muitas vezes, não passa de uma experiência: também sou capaz de fazer!, depois abandonam, e passam a outra actividade: "This motivation corresponds developmentally with adolescents’ growing capacity to set goals and increasing desire to demonstrate autonomy and competence."
Os blogues da escola onde trabalho têm também essa função, ser autor encanta e motiva os alunos. Verem os seus textos escolhidos para publicação  é um motivo de orgulho. Acho que as escolas poderiam avançar um pouco mais nesta vertente da "autoria" e tirar daí vantagens para a prática pedagógica.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010


Jovens assumem protagonismo na Internet


De acordo com Stern (2008),(1) mais de metade dos jovens já publicaram na Internet. Comparativamente, os adultos apenas contabilizam metade dos conteúdos. E a questão que muitos adultos colocam é se a vida dos jovens, os lazeres e os interesses se pode jogar predominantemente na Internet. Que faz um  adolescente naturalmente? Conversa em chats, ou  "convive" em redes sociais como o Hi5, Facebook ou outros como  Xanga, este último referido por Danah Boyd (2008) no texto Youth, identity and digital media, (p.119-142).
Os habituais conflitos de gerações parecem manter-se neste campo: os adultos, que vêem com apreensão a supremacia dos jovens, e até das crianças, em áreas que eles não dominam, com competências que desconhece. E os jovens, que encontram um tereno fértil utilizam a sua destreza de forma magistral, o que lhes dá, em relação aos adultos, formas de protagonismo e independência como nunca.
Existem, assim, marcas de identidade na adolescência das sociedades ocidentais que intrigam adultos e investigadores que se dedicam a estas questões.
(1)
Susannah Stern
University of San Diego, Department of Communication Studies
in Producing sites, exploring identities: youth online authorship...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009


Identidade Social na Adolescência. Diferenças de género?



O estudo de Schmitt, Dayanim e Mathias (2008) aponta também outras vantagens no uso da Internet e na construção de páginas: a sua utilização como diário auto-biográfico e o apoio nos trabalhos da escola.


O uso de blogues tem aumentado de uma forma expressiva tanto no apoio a actividades curriculares como não curriculares.

Há um número significativo de professores que já começam a usar blogues para divulgação de conteúdos, planificação de aulas e divulgação de trabalhos. No caso da disciplina de Português, alguns professores utilizam os seus próprios blogues como meio de divulgação da matéria e de trabalhos dos alunos. Com duas professoras, os alunos são levados a construir os seus próprios blogues, integrando o blogue/turma.

A prática está cada vez mais vulgarizada e as vantagens são muitas. Um dado curioso: o sucesso no uso da página ou do blogue revela algumas fraquezas na utilização da plataforma Moodle da escola. O que tem a ver, pensamos, com o anonimato. No Moodle, a interacção deixa sempre traços. E isto é tão verdade para os alunos como para os professores. Forma mais segura, sem dúvida, mas as razões da não preferência deixa algumas questões no ar, por responder.

A Segurança

Uma questão fundamental, aflorada por um dos estudos, é a segurança dos dados que põem em causa a segurança dos próprios jovens. O estudo de Huffaker & Calvert conclui que 70% dos adolescentes da amostra revelaram o seu primeiro nome, 59% deram a sua localização, 61% a informação do contacto e 44% o e-mail. Os autores, citam a este propósito Thornburgh & Lin (2002): sexual predators can pose a serious threat to minors who are online. Infelizmente, a Internet dá-lhes uma sensação de distanciamento e de falsa sensação de segurança que os leva a quebrar o anonimato e os pode levar a entrar em contacto com pedófilos e predadores sexuais fazendo-se passar por jovens adolescentes.

Há um trabalho de sensibilização a fazer nesse sentido, por parte das famílias, dos professores, mas igualmente do professor bibliotecário. O professor bibliotecário, na sua prática diária, deve alertar os alunos para estes perigos, deve colaborar de modo contínuo com alunos e professores.

Os estudos destes autores são importantes e podem indicar-nos o caminho: conhecer para prevenir!